12.2.07

Mem Martins

Ontem reparei que gosto mesmo da minha terra. Não é a terra de naturalidade mas a terra onde cresci e vivo.

Gosto do cheiro a terra molhada da pequena amostra de jardim ao pé de casa. Gosto dos mamarrachos novos e das casas antigas e tradicionais em que já ninguém repara. Gosto de ouvir as rolas empoleiradas nos cabos dos telefones e da electricidade. Gosto do vento e das gaivotas a sobrevoarem a minha terra a 30 minutos do mar. Gosto das fontes antigas, do lavadouro, da feira todos os sábados, dos cafés antigos renovados. Gosto do cruzeiro. Gosto das flores que crescem nos muros antigos e que ninguém vê. Gosto das luzes da vila à noite. Gosto da ideia da praia perto e do seu cheiro a mar. Gosto do novo misturado com o velho.

Gosto mesmo. Muito.

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