7.8.10

Retorno

Voltei. Triste, cansada, às vezes revoltada, frequentemente desacreditada de tudo. A vida não nos parece particularmente justa, enquanto à volta tudo parece alheio. Imagens de casais felizes quando não se acredita mais no amor, quando o amor é destinado a adolescentes e a películas hollywoodescas. Já tive o sonho de viver um romance arrebatador, onde me fariam sentir a única mulher à face da terra mas, agora, acredito piamente que o amor romântico não existe - nunca tive provas da sua existência e que, qual dom que Deus (ou seja no que for que se acredite) distribui, não somos todos abençoados da mesma maneira. Eu não faço parte desses abençoados. Tenho amor de pais e de amigos (poucos, mas que eu sei que estão lá). Tenho saúde. Tenho trabalho. E chega. Existo (às vezes quero ser notada, mas sou invisível). Não faço falta.
Eu peço uma existência simples, com paz e sossego mas para tal, terei de a viver sozinha. É o meu destino. Se tentar aceitar, talvez seja mais fácil...

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